Na Semana Nacional dos Museus, o Museu da Vida Fiocruz retomou as atividades presenciais, após dois anos de suspensão por conta da pandemia de COVID-19, com a abertura da exposição Vida e saúde: relações (in)visíveis. A mostra marca a conclusão de um projeto de requalificação e modernização do prédio da Cavalariça, que faz parte do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos, o NAHM.

Foto: Peter Ilicciev

A edificação centenária é de grande importância para a trajetória da Fiocruz, tendo sida projetado para acolher os cavalos que eram utilizados para a produção de soros contra a peste bubônica, inspeções e tratamentos veterinários. Após passar por uma série de intervenções, o prédio foi totalmente adaptado. As baias utilizadas pelos cavalos se transformaram em 14 módulos de conteúdo expositivo que convidam ao público a pensar a saúde em suas diferenças escalas.

Foto: Peter Ilicciev

“O tema da nossa exposição nos permite falar das relações microscópicas, dos vírus e das bactérias, das relações que eles têm com o corpo humano e com a saúde. Mas também fala das relações macroscópicas tão invisíveis quanto as microscópicas, das relações sociais, da determinação socioambiental da saúde e da relação, muitas vezes, predatória que temos com o nosso planeta”, disse Alessandro Batista, integrante da equipe responsável pela concepção de Vida e saúde: relações (in)visíveis.

Foto: Peter Ilicciev

Tema tão presente na atualidade, a discussão sobre a importância das vacinas também é retratada na exposição. É possível aprender sobre os diferentes tipos de soros e vacinas e se divertir em um jogo do qual o desafio é vacinar o maior número de pessoas para evitar doenças.

Foto: Peter Ilicciev

Além de ser interativa, a exposição ainda conta com recursos de acessibilidade, como textos em braile, audiodescrição e vídeos em libras. Todos os módulos foram pensados para que cadeirantes tivessem acesso a todas as experiências oferecidas.

A visita é somente por meio de agendamento, que pode ser feito por meio do endereço recepcaomv@fiocruz.br.

A exposição ‘Vida e Saúde: relações (in)visíveis’ conta com apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com patrocínio de Enauta Energia, Bayer, Halliburton, Aché, Abbott, E. Tamussino & Cia, TechnipFMC, JSL e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com Gestão Cultural da SPCOC e realização do Museu da Vida Fiocruz, Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal, através das leis de incentivo à Cultura Federal e Municipal.

O plano de requalificação do NAHM

A reinauguração da Cavalariça é a primeira entrega do plano de requalificação do NAHM. Esse projeto busca preservar e valorizar o patrimônio cultural da Fiocruz, ampliando as ofertas de atividades socioculturais, de divulgação científica e de educação em ciência, tecnologia e saúde, mirando na consolidação de Manguinhos como um campus-parque aberto ao público.

“Nossa instituição tem um castelo como símbolo, um castelo como monumento da ciência, mas, desse castelo temos que ver a cidade, os seus desafios e os imensos problemas”, ressaltou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

A próxima fase do plano é a requalificação do Pombal, antigo biotério que abrigava pequenos animais utilizados em laboratórios.